Sabia não?!

Origem da Engenharia Florestal no Brasil

Foi mais precisamente no período na qual a UFV atendia por Universidade Rural do Estado de Minas Gerais (UREMG), que surge o ensino da Engenharia Florestal no Brasil. Em maio de 1960, com o apoio da FAO e os Ministérios da Agricultura e da Educação e Cultura, foi criada a Escola Nacional de Florestas (ENF) como parte integrante da Universidade.

As primeiras aulas de Engenharia Florestal no Brasil ocorreram no dia 9 de maio de 1960. Data anterior a criação oficial da Escola tal era o empenho dos dirigentes da Universidade e colaboradores da época. No entanto, em novembro de 1963, por diversos motivos aos quais ainda não existe um consenso, a ENF foi transferida para Curitiba, Paraná. Com essa transferência, a UREMG juntamente ao Governo do Estado de Minas Gerais optou pela manutenção de uma unidade de Ensino Superior em Viçosa, sendo assim criada a Escola Superior de Florestas (ESF).

Em 1978, já federalizada, a Universidade Federal de Viçosa passa por profunda mudança organizacional e administrativa, onde a Escola Superior de Florestas se transforma em Departamento de Engenharia Florestal (DEF) e se vincula ao Centro de Ciências Agrárias (CCA), chegando ao modelo organizacional que apresenta ainda nos dias atuais.

A Sociedade de Investigações Florestais

A SIF (Sociedade de Investigações Florestais) é uma entidade privada sem fins lucrativos, criada em 1974, por meio de um convênio entre o Departamento e empresas florestais. O objetivo dessa entidade é aprimorar pesquisas relacionadas a área florestal e estreitar a ligação da Universidade Federal de Viçosa com o setor privado.

A SIF conta com 20 empresas associadas e com o apoio de diversos projetos de outros departamentos da UFV, como por exemplo: Arquitetura e Urbanismo, Biologia Geral, Biologia Vegetal, Biologia Animal, Economia Rural, Engenharia Civil, entre outros.

Ao longo do tempo, essa organização tem promovido o desenvolvimento tenológico do setor com alto padrão de qualidade, apresentando bom entrosamento Universidade-Empresa, além de Organizações Governamentais e Não-Governamentais (ONG’s).

São elaborados vários programas que abrangem as quatro grandes áreas do setor florestal: tecnologia, manejo, ambiência e silvicultura. Através da Revista Árvore e do Jornal da SIF são divulgados os resultados obtidos nas pesquisas realizadas.

Atualmente, a Estrutura conta com o Sebastião Renato Valverde (Diretor Geral), Angélica de Cássia Oliveira Carneiro (Diretor Científico), professores do DEF, e Ismael Eleotério Pires (Gerente Executivo).

A Mata do Paraíso

A Estação de Pesquisa, Treinamento e Educação Ambiental Mata do Paraíso, e fica a aproximadamente 6 km da UFV. Ocupa uma área de aproximadamente 196 hectares, podendo ser considerada um dos maiores fragmentos de Mata Atlântica da região. A comunidade do entorno sempre descreveu uma rica diversidade de flora e de fauna, na Antiga “Mata da Prefeitura”. Onças, jaguatiricas, iraras, pacas, preguiças, aves e diversos outros animais eram ocasionalmente avistados pelos habitantes do lugar.

Inicialmente, a área pertencia ao Sr. Almiro Paraíso, em seguida, a Prefeitura Municipal de Viçosa, quando era conhecida por “Mata da Prefeitura”. Em 1966 a UFV firma uma parceria, com duração de 30 anos, com a Prefeitura e passa a gerir a área. Ao assumir parte na gestão da área, a Universidade designou o DEF para desenvolver e administrar a nossa, hoje conhecida como, Mata do Paraíso.

Quando chegou o ano de 1996, em nova parceria, a área passou definitivamente a ser de posse da UFV. Nesta ocasião, a gestão da Mata do Paraíso foi transferida para a área de Ambiência do #DEF, foram nomeados os professores Gumercindo, Wantuelfer e Guido para gerir a Mata, realizando atividades de pesquisa, treinamento e educação ambiental.

Em 2002 foi inaugurado o Centro de Educação Ambiental, e foram abertas as trilhas das Águas, dos Gigantes, e da Gameleira, e também trilhas para pesquisa e manutenção. Em meio a estas mudanças surgiu o Núcleo de Educação Ambiental, que hoje conhecemos como GEIA MATA – Grupo de Educação e Interpretação Ambiental – Mata do Paraíso.

Projeto Carbono Zero

O Programa Carbono Zero é coordenado pelo professor do DEF-UFV, Laércio Jacovine e desde 2010 realiza a quantificação de Gases de Efeito Estufa (GEE) e a neutralização de diversos eventos da UFV. Sabendo da contribuição das emissões em grandes eventos, nós procuramos a Equipe Carbono Zero para auxiliar-nos nessa quantificação e neutralização.

As emissões de GEE geradas pelo evento serão quantificadas, levando em consideração os principais gases poluentes, metano, dióxido de carbono e óxido nitroso. A emissão total será calculada e convertida em número de árvores necessárias para neutralizá-las através do processo fotossintético. Posterior ao evento, realizaremos o plantio de neutralização. Com isso, temos o orgulho de dizer que nós fazemos a nossa parte na batalha contra as mudanças climáticas!

Pós Graduação

Sabia que o DEF-UFV tem o Programa de Pós-Graduação brasileiro da área florestal brasileiro mais bem conceituado pela CAPES? Isso mesmo, o Departamento de Engenharia Florestal – DEF oferece quatro cursos em dois programas de Pós-graduação. São eles: Mestrado Acadêmico Stricto Sensu em Ciência Florestal, Doutorado Stricto Sensu em Ciência Florestal, Mestrado Profissionalizante Stricto Sensu em Tecnologia de Celulose e Papel e Especialização Lato Sensu em Tecnologia de Celulose e Papel.

O Programa de Pós-graduação em Ciência Florestal surgiu, com mestrado, em 1975 e com doutorado, em 1989. Atualmente, é o único Programa brasileiro da área florestal com conceito 6 pela CAPES. Esse Programa se divide em quatro áreas de concentração: Silvicultura, Manejo Florestal, Tecnologia e Utilização de Produtos Florestais, e Meio Ambiente e Conservação da Natureza. O Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de Celulose e Papel também se destaca entre os melhores do País, recebendo conceito 5 pela CAPES.

Semana do Fazendeiro

A  Semana do Fazendeiro acontece na Universidade Federal de Viçosa desde 1929 e foi a primeira atividade extensionista realizada por uma universidade no Brasil. Esse é o maior e mais tradicional evento de extensão realizado pela instituição e tem como objetivo promover o diálogo com a sociedade.

O evento conta com a participação, principalmente, de produtores rurais, empresários e estudantes que buscam oportunidades de melhoria da produção e do bem-estar do produtor rural e de seus familiares, por meio de cursos, dias de Campo, consultorias coletivas, leilões, exposições, estandes diversos, atividades culturais e troca de saberes.

Em 2010 surge uma parceria da UFV com o DEF em uma iniciativa inovadora motivada pela preocupação ambiental em especial com as mudanças climáticas. Neste momento, surge o Programa Carbono Zero que inventaria e quantifica as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e neutraliza todas essas emissões geradas no evento, por meio do plantio de espécies nativas para a recuperação de uma área degradada pertencente a instituição.

 

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